Em setembro de 2008 foi criada a Central de Reciclagem do Varjão, cujo propósito inicial era o de acabar com os carroceiros da cidade e fazer a coleta seletiva no Lago Norte, gerando emprego e renda para 30 famílias do Varjão. Poucos homens participaram do projeto, que até hoje é formado por uma maioria de mulheres.
Na época, o GDF construiu um galpão para armazenamento e separação dos resíduos, e o processo de qualificação profissional e mobilização junto à comunidade do Lago Norte, foram feitos em sistema de parceria com o SEBRAE-DF \SENAI- DF e Secretaria de Educação.
Para participar do projeto, todos deveriam “voltar para o banco da escola” , matriculando-se na Educação de Jovens e Adultos e participando da vida escolar dos seus filhos, criando assim, um circulo virtuoso e melhorando efetivamente a qualidade de vida dos participantes.
Além disso, os estudantes das escolas públicas do Lago Norte e do Varjão, tinham aulas dentro do Galpão, para repassarem aos familiares, o conhecimento de como fazer a separação adequada entre o lixo orgânico e resíduos sólidos. O trabalho de conscientização precisa ser permanente e funcionou por um bom tempo. As catadoras faziam o papel de instrutoras juntamente com os professores da rede pública.
Hoje a realidade mudou e as catadoras revelam que o panorama é de parcial abandono. Apenas alguns empresários ajudam financeiramente e voluntários prestam consultoria gratuita. A CRV funciona as segundas, quartas e sextas-feiras, rendendo uma média de R$ 500 por mês.
A associação é uma das poucas regularizadas e aptas a fazer convênio com o SLU.